O formol ou formaldeído, solução a 37%, é um composto líquido claro com várias aplicações, sendo usado normalmente como preservativo, desinfetante e antisséptico. É usado para embalsamar peças de cadáveres, mas é útil também na confecção de seda artificial, celulose, tintas e corantes, soluções de ureia, tioureia, resinas melamínicas, vidros, espelhos e explosivos. O formol também pode ser utilizado para dar firmeza aos tecidos, na confecção de germicidas, fungicidas agrícolas, na confecção de borracha sintética e na coagulação da borracha natural. É empregado no endurecimento de gelatinas, albuminas e caseínas. É também usado na fabricação de drogas e pesticidas.
Toxicidade
O formol é tóxico quando ingerido, inalado ou quando entra em contato com a pele, por via intravenosa, intraperitoneal ou subcutânea. Em concentrações de 20 ppm (partes por milhão) no ar causa rapidamente irritação nos olhos. Sob a forma de gás é mais perigoso do que em estado de vapor.
Carcinogenicidade (avaliação do potencial cancerígeno)
Em quatro instituições internacionais de pesquisa foi comprovado o potencial carcinogênico do formaldeido.
Sintomas em caso de intoxicaçãoA inalação deste composto pode causar irritação nos olhos, nariz, mucosas e trato respiratório superior [036, 151, 301,406]. Em altas concentrações pode causar bronquite, pneumonia ou laringite [036,151]. Os sintomas mais freqüentes no caso de inalação são fortes dores de cabeça, tosse, falta de ar, vertigem, dificuldade para respirar e edema pulmonar [215]. O contato com o vapor ou com a solução pode deixar a pele esbranquiçada, áspera e causar forte sensação de anestesia e necrose na pele superficial. Longos períodos de exposição podem causar dermatite e hipersensibilidade, rachaduras na pele (ressecamento) e ulcerações principalmente entre os dedos; podem ainda causar conjuntivite [036,151]. O vapor de formaldeído irrita todas as partes do sistema respiratório superior e também afeta os olhos. A maioria dos indivíduos pode detectar o formol em concentrações tão baixas como 0.5 ppm e, conforme for aumentando a concentração até o atual limite de Exposição Máxima, a irritação se dá mais pronunciada. Medições das concentrações de formaldeído no ar em laboratórios de anatomia no ar têm apontado níveis entre 0,07 e 2,94 ppm (partes por milhão). Uma relação entre a concentração e os sintomas podem ser feitos: 0,1 a 0,3 ppm: menor nível no qual tem sido reportada irritação; 0,8 ppm: limiar para o odor (começa a sentir o cheiro); 1 a 2 ppm: limiar de irritação leve; 2 a 3 ppm: irritação dos olhos, nariz e garganta; 4 a 5 ppm: aumento da irritação de membranas mucosas e lacrimejação significativa; 10 a 20 ppm: lacrimejação abundante, severa sensação de queimação, tosse, podendo ser tolerada por apenas alguns minutos (15 a 16 ppm pode matar camundongos e coelhos após 10 horas de exposição; 50 a 100 ppm: causa danos severos em 5 a 10 minutos (exposição de camundongos a 700 ppm pode ser fatal em duas horas). A ingestão causa imediata e intensa dor na boca e faringe [151]. Provoca dores abdominais com náuseas, vômito e possível perda de consciência [036,151,301]. Outros sintomas como proteinúria, acidose, hematemesis, hematúria, anúria, vertigem, coma e morte por falência respiratória também podem ser observados [031]. Ocasionalmente pode ocorrer diarréia (com possibilidade de sangue nas fezes), pele pálida, fria e úmida, além de sinais de choque como dificuldade de micção, convulsões, e estupor. A ingestão também pode ocasionar inflamação e ulceração /coagulação com necrose na mucosa gastro-intestinal [151]. Também podem ser observadas lesões como corrosão no estômago e estrias esofágicas e colapso circulatório e nos rins após a ingestão. A inalação ou aspiração do produto pode provocar severas alterações pulmonares ao entrar em contato com o meio ácido estomacal [151]. Outras consequências são danos degenerativos no fígado, rins, coração e cérebro.[301, 455]. Intoxicação agudaNo estado líquido ou vapor é irritante para pele, olhos e mucosas. [036,151,301,406]. Também é um potente irritante do trato respiratório. É absorvido através da pele [169]. Pode causar lacrimejamento [455]. RecomendaçõesSegundo a OSHA, o limite máximo permitido de exposição contínua é de 5 ppm. A OSHA classificou o formol como irritante e com potencial cancerígeno. O Criteria Document publicado pelo Instituto Nacional de Saúde e Segurança Ocupacional dos EUA (NIOSH) recomenda que o limite máximo presente no ar seja de 0.1 ppm/15M e o uso de luvas e máscaras durante a manipulação do produto. A máscara deve ter filtro especial para vapores orgânicos. Informações adicionaisDeve ser estocado em temperatura ambiente, mas não inferior a 15º C, protegido da luz e hermeticamente fechado para evitar contato com a atmosfera e com a luz. Em caso de derramamento usar papel absorvente para remover o líquido. Deve-se retirar toda a roupa contaminada e colocá-la em recipiente adequado para ser descontaminado Caso tenha havido contato com a pele, lavar a superfície com água e sabão. Informações técnicas Nome químico:: formaldeído a 37% Fórmula química: CH2O Fórmula estrutural: H2C=O Sinônimos: formalina, formol, formalit, ivalon, Karsan, Lysoform, Oxometano, Oximetileno. Informações físicoquímicas Descrição: composto líquido claro Peso molecular: 30.03 Ponto de ebulição: 96 C [031,036] Solubilidade: água: >=100 mg/mL @ 20.5 C (RAD); DMSO : >=100 mg/mL @ 20.5 C (RAD); 95%; etanol : >=100 mg/mL @ 20.5 C (RAD); acetona : >=100 mg/mL @ 20.5 C (RAD) Volatilidade : pressão de vapor: 93.60 mm Hg @ 38 C (RAD) densidade do vapor: 1.0 [451] flamabilidade: Este composto tem seu flash point em 85 C0 (185 F) (058). É um composto combustível. pH: 2.8-4.0 [031] Reatividade O formol é um composto químico com enorme capacidade de redução, especialmente na presença de álcalis. É incompatível com amônia, álcalis, tanino, bissulfetos, preparações à base de ferro, prata, potássio e iodo. Reage com albumina, caseína, Agar-agar formando compostos insolúveis . É violentamente reativo com óxidos, nitrometano, carbonato de manganês e peróxidos. EstabilidadePode se transformar em nuvem especialmente em baixas temperaturas. Pode sofrer oxidação na presença do ar e da luz. |