segunda-feira, 2 de abril de 2012

Dermatite seborréica

A Dermatite Seborréica, também conhecida simplesmente como Seborréia, é uma doença da pele que ataca o couro cabeludo, a face e algumas outras partes do corpo, especialmente as abundantes em glândulas sebáceas. Provocando eritema, descamação oleosa e prurido. Quando ataca o couro cabeludo, é mais popularmente conhecida como Caspa. Acredita-se que o fungo Malassezia furfur (cujo nome anterior era Pityrosporum ovale) contribua para esta situação. O fungo habita normalmente nos folículos pilosos, e pode haver uma reacção imune, que contribua para a dermatite.

Tratamento

O tratamento recomendado é o uso do cetoconazol, na forma de cremes ou shampoos. Shampoos com piritiona de zinco, sulfeto de selênio ou alcatrão de carvão podem ajudar no tratamento, bem como loções contendo ácidos alfa-hidróxidos (AHA). Embora casos simples possam ser tratados com produtos comuns de higiene pessoal e cosméticos, em casos mais graves o tratamento deve ser conduzido sob orientação de um médico.

A dermatite seborreica não é uma doença e sim uma característica de algumas pessoas.
A dermatite seborréica não é contagiosa - é um mal crônico, que atinge locais do corpo onde há produção aumentada de óleo pelas glândulas sebáceas, pois existem regiões que apresentam mais glândulas sebáceas. Homens e mulheres, de várias faixas etárias, inclusive recém-nascidos, podem sofrer do problema no couro cabeludo, nas sobrancelhas, na região dos cílios, próximo ao nariz, barba, atrás da orelha, na região peitoral masculina, por causa dos pêlos e até no ouvido. Às vezes, a afecção pode manifestar-se na região mediana do tronco e nas dobras da pele, como axilas e virilhas. Nos adultos, a seborréia surge como lesões avermelhadas que apresentam descamação e coceira; já nos lactentes, o couro cabeludo fica com escamas gordurosas e aderentes denominadas crostas lácteas, podendo ocorrer manchas no corpo e na área de uso das fraldas. Alguns estudiosos concluíram que a doença raramente acomete crianças acima dos seis meses de idade, mas pode surgir na puberdade e acompanhar o indivíduo por toda a vida. Pacientes HIV positivo e como mal de Parkinson, freqüentemente desenvolvem a dermatite de maneira grave.

O começo

As causas da dermatite seborréica são desconhecidas, mas existem sim, inúmeros fatores desencadeadores da doença, como por exemplo, as alterações hormonais. Na mulher, durante a gravidez, há um aumento dos hormônios andrógenos (masculinos) que é repassado para o recém-nascido deixando as glândulas sebáceas do bebê mais ativas. Esse fato pode provocar, a seborréia neonatal.
Adolescentes também podem apresentar a doença devido ao estímulo hormonal. Ainda nessa fase da vida, a carência de aminoácidos pode provocar a dermatite, e o consumo exagerado de temperos tende a agravar o quadro. Também por conta dos distúrbios hormonais, a mulher deve ter cuidado especial com a menopausa realizando tratamentos como a reposição hormonal de acordo com a recomendação médica.

Fatores externos

Os fatores externos são os que mais favorecem o aparecimento da seborréia. O estresse é um deles. O paciente sempre relata uma história de ansiedade, preocupação e cansaço físico e emocional anteriores à manifestação da dermatite seborréica.
Outra característica que piora o quadro é a temperatura fria e climas secos. Também pode ocorrer após mudanças bruscas de temperatura.
Fazer aplicações locais de medicamentos ou de algum produto cosmético à base de ácido no couro cabeludo, como permanente, pode irritar as glândulas sebáceas e também provocar o aumento da secreção. E para quem já está com a doença instalada, o uso inadequado de condicionadores é muito prejudicial. E aconselhável utilizá-los somente nas pontas dos cabelos para não ativar ainda mais a produção de sebo. Lavagens excessivas e freqüentes com quantidade exagerada de detergentes induzem a dermatite. E não importa se o cabelo é do tipo seco, oleoso ou normal, liso ou ondulado, a orientação vale para todos.
Resíduos de xampus e cremes nos cabelos tendem a provocar o aparecimento da caspa, como a dermatite no couro cabeludo é conhecida popularmente. Na realidade, a caspa é um dos sintomas da dermatite que acomete o couro cabeludo, com a liberação de escamas esbranquiçadas que soltam facilmente.
Vale ressaltar que a seborréia capilar pode passar para determinadas partes do corpo, como testa (no caso de quem usa franja) e costas (quem possui cabelos longos). Nestes casos, as áreas afetadas ficam oleosas e descamam, podendo apresentar espinhas. Quando a afecção é na pele, as mudanças bruscas de temperatura podem piorar a situação. Nesse caso, o excesso de óleo é uma defesa contra as agressões externas. Todavia, um aumento de secreção sebácea nem sempre significa uma dermatite.
Uma pessoa só apresenta o problema se tiver predisposição genética, que provavelmente está relacionada a um defeito no metabolismo das glândulas, que respondem com produção excessiva a um estímulo mais acentuado.
Outros fatores, como calor e umidade, favorecem a dermatite. Ainda é apontado como prejudicial, o uso de roupas que retém sebo e suor: lã, flanela, seda e tecidos sintéticos. O excessivo consumo de álcool e de hidratos de carbono, tendem a agravar a dermatite. Isso acontece porque "o consumo exagerado pode provocar um aumento da multiplicação celular em algumas pessoas e, conseqüentemente, uma produção exagerada de secreção sebácea". O fumo e a ingestão de pimenta, chocolate, amendoim e fritura tendem a agravar a dermatite.

Tratamentos exige persistência

Tratar um paciente com dermatite seborréica requer paciência da parte do doente. Por ser uma enfermidade crônica, as alternativas existentes visam o controle do quadro, com a remissão dos sintomas, deixando a pessoa sem os incômodos característicos: a descamação, a coceira e a vermelhidão na pele. Portanto, não há cura definitiva. O tratamento é feito com xampus e loções capilares, que podem conter vários princípios ativos capazes de, na forma mais discreta, amenizar o problema. Para as crianças, devem ser utilizados xampus que contenham própolis, calêndula, hamamélis e salicílicos. Para jovens e adultos, os produtos devem ser ricos em zinco, cobre, LCD e ácido salicílico. Nos recém-nascidos é indicado o uso de óleo mineral para remover as crostas.
Para a forma da seborréia que ataca apele do rosto ou do corpo, os cremes e sabonetes medicinais, com triclosan, por exemplo, são aconselháveis. É indicado ainda o tratamento com ultravioleta, método chamado PUVA, que consiste na ingestão de um psoraleno e aplicação de raios ultravioleta. Alguns especialistas defendem a tese de que a dermatite seborréica estaria relacionada com o pityrosporum ovale, uma espécie de fungo que normalmente habita na pele.
Nesse tipo de contaminação, é necessário o uso de antibióticos locais, ou por via oral, à base de monociclina, clindamicina, eritomicina, além de antifúngicos que contenham imidazólicos.